VENENO NA BEBIDA AMEAÇA CONSUMIDORES E ACENDE SINAL VERMELHO EM BARES

Um brinde com amigos, uma noite de descontração. O que começa como um momento de alegria pode terminar em tragédia. Um perigo invisível e silencioso está sendo servido em copos por todo o país: o metanol. Bebidas alcoólicas adulteradas com essa substância altamente tóxica já causaram a morte e a internação de dezenas de pessoas, transformando o que deveria ser lazer em luto e desespero.

Recentemente, casos em São Paulo trouxeram à tona essa grave ameaça à saúde pública. Consumidores, assim como eu e você, foram intoxicados após consumir bebidas em bares e estabelecimentos comerciais. O líquido de aparência normal, com cor e cheiro familiares, escondia um veneno fatal. Vítimas sofreram danos irreversíveis e, em muitos casos, não voltaram para casa.

Metanol: O Inimigo Invisível no Seu Copo

O metanol é um tipo de álcool não potável, usado como solvente industrial e combustível. Quando ingerido, mesmo em pequenas quantidades, é extremamente tóxico para o corpo humano. Ele ataca o sistema nervoso central, podendo causar cegueira, danos permanentes ao cérebro, falência de órgãos e, frequentemente, a morte. O perigo é que ele pode ser adicionado a bebidas destiladas em um processo de adulteração criminoso para baratear o custo do produto, sendo impossível de ser identificado pelo consumidor comum.

A Quem Recorrer? A Lei Está do Seu Lado

A pergunta que todos se fazem é: quem é o responsável por essa tragédia? A resposta é clara e está no Código de Defesa do Consumidor (CDC). A lei estabelece que a responsabilidade pela segurança de um produto é de toda a cadeia de produção e distribuição.

Isso significa que não apenas os fabricantes ou a organização criminosa que adultera a bebida são culpados. Os bares, restaurantes e comerciantes que vendem o produto contaminado também são legalmente responsáveis pelos danos causados aos seus clientes. Conforme os artigos 12, 13 e 14 do CDC, a responsabilidade é objetiva, ou seja, o consumidor lesado não precisa provar a culpa do estabelecimento, apenas o dano sofrido pela ingestão do produto.

Muitos comerciantes, na busca por lucro fácil, adquirem bebidas de fornecedores duvidosos no "mercado negro", assumindo o risco de colocar a vida de seus clientes em jogo. Esse risco tem um custo, e a justiça determina que ele deve ser pago.

CHECKLIST DE EMERGÊNCIA: O que fazer se você suspeitar de uma bebida adulterada?

Se você ou alguém próximo passar mal após ingerir uma bebida alcoólica, aja rapidamente. Seguir estes quatro passos pode salvar uma vida e garantir que os responsáveis sejam punidos:

1. Guarde as Provas: Se possível, guarde a garrafa, a embalagem e, principalmente, a nota fiscal ou o comprovante de pagamento do consumo. Isso é crucial para identificar o produto e o local da compra.

2. Procure Ajuda Médica Imediata: Não hesite. Vá ao hospital ou pronto-socorro mais próximo e informe detalhadamente o que consumiu, mencionando a suspeita de intoxicação por bebida. O diagnóstico rápido é vital.

3. Registre a Ocorrência: Faça um Boletim de Ocorrência (B.O.) na delegacia de polícia. Além disso, notifique formalmente o estabelecimento e registre uma reclamação em órgãos de defesa do consumidor, como o Procon ou a plataforma Consumidor.gov.br.

4. Busque Seus Direitos: Se não obtiver uma resposta ou solução, contrate um advogado especializado em direito do consumidor para mover uma ação indenizatória por todos os danos sofridos (materiais, morais e de saúde).

Sua Segurança em Primeiro Lugar

A mensagem do Código de Defesa do Consumidor é simples: a vida e a saúde vêm antes do lucro. Não podemos pagar essa conta sozinhos. Desconfie de preços muito abaixo do mercado, frequente estabelecimentos de confiança e, ao menor sinal de algo errado, denuncie.

Compartilhe este alerta. A informação é a nossa maior arma para evitar que mais famílias sejam destruídas. O consumidor precisa virar o jogo contra essa ameaça.

Professor Brunno Giancoli

ALERTA:

O DRINQUE QUE PODE MATAR. VENENO NA BEBIDA AMEAÇA CONSUMIDORES E ACENDE SINAL VERMELHO EM BARES

Milton Giancoli

Editor