compre aqui sem sair de casa, nas melhores LOJAS ONLINE e colabore no patrocínio do jornal nova tribuna. ENTRE AQUI !
Roubo à Luz do Dia em Ibiúna: Entre o Medo no Centro e a Perigosa "Estatística Invisível"
O coração comercial da Estância Turística de Ibiúna, a movimentada Avenida São Sebastião, transformou-se em palco de uma série alarmante de crimes no último final de semana, entre os dias 10 e 12 de outubro. A onda de ataques atingiu seu ápice com a ousadia de delinquentes que invadiram o mesmo estabelecimento comercial por nada menos que três vezes seguidas. O fato, ocorrido em plena luz do dia, expõe a vulnerabilidade de comerciantes e transeuntes e lança uma sombra pesada sobre a eficácia da segurança pública local.
BLOG
10/15/20252 min read


O coração comercial da Estância Turística de Ibiúna, a movimentada Avenida São Sebastião, transformou-se em palco de uma série alarmante de roubos no último final de semana, entre os dias 10 e 12 de outubro. A onda de ataques atingiu seu ápice com a ousadia de delinquentes que invadiram o mesmo estabelecimento comercial por nada menos que três vezes seguidas, no domingo a plena luz do dia. O fato, expõe a vulnerabilidade de comerciantes e transeuntes e lança uma sombra pesada sobre a eficácia da segurança pública local.
No entanto, o incidente ganha contornos ainda mais graves e complexos: o comerciante lesado, esgotado pela repetição dos roubos e aparentemente descrente na resposta oficial, optou por não registrar o Boletim de Ocorrência (B.O.). Esta decisão, embora compreensível sob a ótica da frustração individual, desencadeia um ciclo perigoso de impunidade e falsidade estatística que compromete a segurança de toda a cidade.
A falta de registro policial não é um mero detalhe burocrático; é o que chamamos de subnotificação criminal. Quando o cidadão deixa de formalizar a ocorrência, o crime simplesmente desaparece dos números oficiais que balizam o planejamento das forças de segurança. A consequência direta é o "apagão" estatístico: as autoridades, seja a Polícia Militar, seja a própria Guarda Civil Municipal (GCM) – agora atuando como Polícia Municipal –, não possuem dados reais para justificar o aumento do patrulhamento, a alocação de viaturas ou o reforço de efetivo na Avenida São Sebastião. A ausência da estatística real permite que a gestão da segurança opere sob uma ilusão de ordem, enquanto a criminalidade se prolifera silenciosamente.
Este quadro de insegurança e descrença se espalha como um vírus no comércio. Se o empresário furtado não confia nas instituições para recuperar seu prejuízo ou garantir a punição do criminoso, ele se isola no medo, e o município, como um todo, perde o termômetro da realidade. A Estância Turística de Ibiúna não pode se dar ao luxo de ter seu centro comercial refém da ação de delinquentes, nem de ter uma força policial atuando com base em dados incompletos.
É urgente que a Secretaria de Segurança Pública e a GCM estabeleçam canais de confiança com os comerciantes, intensifiquem o policiamento preventivo na região central e incentivem a cultura do registro de ocorrências. Somente com a estatística fiel à realidade, Ibiúna terá condições de combater o crime com a inteligência e a força necessárias. Caso contrário, a cidade continuará a caminhar para um cenário onde o medo à luz do dia será a regra, e o título de Estância Turística, apenas uma ironia.
Roubo à Luz do Dia em Ibiúna: Entre o Medo no Centro e a Perigosa "Estatística Invisível"


Milton Giancoli