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O Freio de Mão da Dívida: Análise do Principal Obstáculo Econômico de Ibiúna

Para a população de Ibiúna, a percepção de que a cidade avança a passos lentos e enfrenta dificuldades para gerar empregos e atrair novas empresas não é apenas uma impressão. Uma análise aprofundada das contas do município revela o principal problema que amarra o desenvolvimento econômico local: uma dívida pública elevada e crescente, que consome recursos preciosos e limita drasticamente a capacidade de investimento da prefeitura. Em termos claros, a cidade está presa em um ciclo vicioso. A maior parte do dinheiro, que poderia ser usada para construir o futuro, está comprometida com o pagamento de contas do passado.

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7/3/2025

Para a população de Ibiúna, a percepção de que a cidade avança a passos lentos e enfrenta dificuldades para gerar empregos e atrair novas empresas não é apenas uma impressão. Uma análise aprofundada das contas do município revela o principal problema que amarra o desenvolvimento econômico local: uma dívida pública elevada e crescente, que consome recursos preciosos e limita drasticamente a capacidade de investimento da prefeitura.

Em termos claros, a cidade está presa em um ciclo vicioso. A maior parte do dinheiro, que poderia ser usada para construir o futuro, está comprometida com o pagamento de contas do passado.

O Tamanho do Problema em Números

De acordo com os dados fiscais mais recentes, a Dívida Consolidada Líquida (DCL) do município atingiu a marca de R$ 197 milhões no final de 2024. Este valor representa mais de 55% de toda a Receita Corrente Líquida (RCL) da cidade. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece um teto de 120% para o endividamento, mas um percentual acima de 50% já acende um forte sinal de alerta, indicando alto comprometimento das finanças municipais.

O impacto direto dessa dívida é visível no orçamento para 2025. Do total de R$ 386,6 milhões previstos para o ano, cerca de R$ 47,7 milhões foram reservados apenas para "Encargos Gerais", categoria que inclui o pagamento de juros, amortizações da dívida e precatórios (dívidas decorrentes de sentenças judiciais). Isso significa que, antes mesmo de investir em qualquer melhoria, mais de 12% de todo o orçamento já tem um destino carimbado: o serviço da dívida.

Como a Dívida Dificulta o Investimento

O alto endividamento funciona como um freio de mão puxado para a economia de Ibiúna. A dificuldade de investimento ocorre por duas vias principais:

  1. Falta de Recursos para Investimento Público: Com uma fatia tão grande do orçamento destinada a pagar a dívida, sobra muito pouco para a prefeitura investir em áreas estratégicas que atraem empresas. Melhorias em infraestrutura, como a pavimentação de vias, a criação de distritos industriais com energia e internet de qualidade, e a modernização da cidade, tornam-se projetos difíceis de executar. O orçamento para "Desenvolvimento Econômico" em 2025, por exemplo, é de apenas R$ 1,6 milhão, um valor irrisório para uma cidade que precisa urgentemente de novas frentes de trabalho.

  2. Perda de Credibilidade e Confiança: Um município altamente endividado tem sua credibilidade afetada. Isso dificulta a obtenção de novos financiamentos a juros baixos para obras importantes e cria um ambiente de incerteza que desestimula o investidor privado. Empresários pensam duas vezes antes de se instalarem em uma cidade com saúde financeira frágil, temendo a descontinuidade de políticas de incentivo ou a precariedade dos serviços públicos.

O Caminho para a Recuperação

Para que Ibiúna possa trilhar um caminho de crescimento sustentável, o enfrentamento do problema da dívida é inadiável. A solução passa por uma gestão fiscal austera e transparente, focada em:

  • Renegociar dívidas para obter melhores prazos e juros mais baixos.

  • Aumentar a eficiência da arrecadação, sem necessariamente aumentar impostos, através da modernização da máquina tributária e combate à sonegação.

  • Cortar despesas não essenciais e otimizar o uso dos recursos públicos.

  • Criar um ambiente de negócios atrativo, com desburocratização e regras claras para quem deseja investir, mesmo com recursos limitados.

A população tem um papel fundamental nesse processo, fiscalizando o uso do dinheiro público e cobrando dos gestores um plano claro e de longo prazo para a saúde financeira do município. Somente com as contas em dia, Ibiúna poderá soltar o freio de mão da dívida e acelerar rumo a um futuro mais próspero e com mais oportunidades para todos.

Milton Giancoli

O Freio de Mão da Dívida: Análise do Principal Obstáculo Econômico de Ibiúna

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