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IBIÚNA 168 ANOS, UMA VISÃO CRÍTICA

Celebrando 168 anos de emancipação política e administrativa, o nosso município de Ibiúna, possui uma história rica que remonta ao período das bandeiras. Sua fundação como freguesia em 1811 e elevação à categoria de município em 1857 marcam um percurso de transformações sociais, econômicas e ambientais

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3/22/2025

Celebrando 168 anos de emancipação política e administrativa, o nosso município de Ibiúna, possui uma história rica que remonta ao período das bandeiras. Sua fundação como freguesia em 1811 e elevação à categoria de município em 1857 marcam um percurso de transformações sociais, econômicas e ambientais.

Ao atingir essa marca, é crucial realizar uma análise crítica da nossa trajetória, identificando tanto os avanços quanto os desafios que persistem. O município é privilegiado por sua vasta área verde, rica em Mata Atlântica, e pela presença da Represa de Ituparanga, que nos confere um grande potencial para o ecoturismo, turismo rural e de aventura, como se vê nas diversas rotas turísticas existentes e eventos como o Desafio do Sertão de MTB, que é um evento emblemático no calendário do mountain bike, especialmente no estado de São Paulo.

A agricultura também desempenha um papel fundamental na economia de Ibiúna, com muitas pequenas propriedades familiares que se destacam na produção de hortaliças, abastecendo inclusive a capital paulista e outras cidades, buscando consolidar-se como a "capital da horta orgânica". A proximidade com grandes centros urbanos como São Paulo e Sorocaba oferece certas vantagens em termos de acesso a mercados, serviços e oportunidades.

Apesar desse potencial, Ibiúna ainda enfrenta desafios significativos em relação à infraestrutura básica, como saneamento, transporte público e qualidade das estradas, especialmente nas áreas rurais, cuja melhoria é essencial para a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável.

Embora a agricultura e o turismo sejam importantes, a economia de Ibiúna pode se beneficiar de uma maior diversificação, atraindo investimentos em outros setores como tecnologia e serviços para gerar mais empregos e renda. A manutenção da vasta área verde e a preservação da Represa de Ituparanga são cruciais, exigindo um planejamento urbano e rural que concilie desenvolvimento econômico com proteção ambiental.

Como muitos municípios brasileiros, Ibiúna enfrenta desafios relacionados à desigualdade social, acesso à educação e saúde de qualidade, e segurança pública, demandando políticas públicas eficazes.

O crescimento do ecoturismo e turismo rural representa uma grande oportunidade para Ibiúna, dada a crescente demanda por experiências em contato com a natureza, sendo necessário investir em infraestrutura turística sustentável, qualificação da mão de obra e promoção do município.

A tendência de consumo de alimentos saudáveis e orgânicos também pode beneficiar os produtores locais, incentivando a produção orgânica e a criação de canais de comercialização direta. A localização estratégica pode ser melhor aproveitada para atrair empresas e investimentos.

Contudo, o crescimento desordenado, principalmente dos condomínios irregulares, o desmatamento atual e a poluição da Represa de Ituparanga representam sérias ameaças ao patrimônio natural e ao potencial turístico de Ibiúna. Como também, a falta de oportunidades e infraestrutura nas áreas rurais pode levar ao êxodo da população para a cidade, enfraquecendo a agricultura local.

De maneira geral, é preciso destacar que, ao completar 168 anos, Ibiúna possui um legado histórico e uma beleza natural muito importante. No entanto, para garantir um futuro próspero e sustentável, é fundamental que o município enfrente seus desafios com planejamento estratégico e investimentos em diversas áreas, para acelerar sua economia.

A valorização de sua vocação agrícola e turística, aliada a políticas públicas eficazes, pode consolidar Ibiúna como um município com alta qualidade de vida e um destino atrativo.

A celebração desta data deve ser um momento de reflexão crítica e de renovação do compromisso com o desenvolvimento integral de Ibiúna.

É ou, não é?

IBIÚNA 168 ANOS, UMA VISÃO CRÍTICA