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Estância Turística com Calçada de "Favela": A Inação que Enfeia Ibiúna na Avenida São Sebastião

Ibiúna ostenta com orgulho o título de Estância Turística, um reconhecimento do seu potencial ecológico e cultural, que deveria refletir-se também na organização e zelo do seu espaço urbano. Contudo, a realidade da Avenida São Sebastião, uma das principais vias do centro, choca-se brutalmente com esta imagem idealizada. Ali, o que deveria ser um passeio público seguro e livre para os cidadãos é, na prática, um corredor de obstáculos intransitável, resultado da inação da fiscalização municipal.

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10/15/20252 min read

Ibiúna ostenta com orgulho o título de Estância Turística, um reconhecimento do seu potencial ecológico, que deveria refletir-se também na organização e zelo do seu espaço urbano. Contudo, a realidade da Avenida São Sebastião, uma das principais vias do centro, choca-se brutalmente com esta imagem idealizada. Ali, o que deveria ser um passeio público seguro e livre para os cidadãos é, na prática, um corredor de obstáculos intransitável, resultado da inação da fiscalização municipal.

A calçada da Avenida São Sebastião foi literalmente sequestrada. Expositores de roupas, manequins, araras e quinquilharias invadem o espaço destinado aos pedestres, transformando o ato de caminhar em uma gincana arriscada. Para um cadeirante, um idoso ou um pai com carrinho de bebê, a calçada, conforme evidenciam as fotos fornecidas, é simplesmente intransponível, forçando-os a disputar espaço com veículos na rua, expondo-se a acidentes. Esta prática não é apenas uma desorganização; é uma clara e flagrante violação do Código de Posturas Municipal, que proíbe expressamente "embaraçar o trânsito ou molestar os pedestres" nos passeios, um direito básico de ir e vir garantido por lei.

O descumprimento contumaz desta norma, que se repete em outros pontos da zona urbana, cria uma paisagem de desleixo e abandono. A desordem visual e a ocupação predatória do espaço público mancham a imagem da cidade, minando o investimento e o esforço para promover o turismo. Uma cidade que deseja ser atrativa para visitantes deve, no mínimo, garantir a ordem e a beleza em sua área central. A tolerância da prefeitura a estas irregularidades, que transformam o centro em um bazar a céu aberto sem controle, é o principal combustível para a degradação urbana.

Estância Turística com Calçada de "Favela": A Inação que Enfeia Ibiúna na Avenida São Sebastião

Milton Giancoli

A crítica precisa ser frontal: ao se omitirem em "dar ordem" a essas irregularidades, as autoridades estão, na prática, permitindo que Ibiúna troque seu prestigioso rótulo. A Estância Turística corre o sério risco de se converter em uma "Favela Turística" – termo aqui usado para denunciar a desorganização e o abandono do poder público, que rouba a dignidade do espaço urbano. Diferente das favelas do Rio de Janeiro, onde a desordem é uma questão social complexa e histórica, em Ibiúna a bagunça na Avenida São Sebastião é uma falha puramente administrativa e de fiscalização.

É imperativo que a Prefeitura de Ibiúna, através dos seus órgãos competentes, inicie imediatamente uma operação de fiscalização rigorosa, aplicando multas e promovendo a desobstrução das calçadas. O espaço público não é uma extensão privada dos estabelecimentos comerciais. O resgate da ordem urbana é um passo fundamental para defender o título de Estância Turística e, mais importante, garantir a qualidade de vida, a segurança e a acessibilidade de todos os cidadãos de Ibiúna. A beleza da natureza local não pode ser ofuscada pelo feio e caótico cenário do centro.