DIVULGANDO FATOS E COMENTANDO FEITOS

A matéria sobre a diplomação dos novos mandatários de Ibiúna, incluindo o prefeito, vice-prefeito e vereadores, destaca um momento importante na política local, mas não traz novidades auspiciosas para a população ibiunense que anseia por resultados concretos. A cerimônia, realizada sob a supervisão da Justiça Eleitoral, foi marcada por discursos que enfatizaram a união entre os poderes executivo e legislativo como um caminho para o progresso da cidade. No entanto, é crucial refletir sobre a real eficácia dessa união.

Historicamente, a falta de uma verdadeira colaboração entre os poderes tem sido um obstáculo para o desenvolvimento de Ibiúna. Muitas vezes, a política local beneficiou mais alguns indivíduos do que a coletividade. A melhoria das condições socioeconômicas de certos políticos, em vez de um progresso tangível para a cidade, é um reflexo de como a política pode ser utilizada para fins pessoais.

O discurso do vereador mais votado, Paulinho Dias, e do prefeito eleito, Mário Pires, que usou a metáfora do tijolo para simbolizar a construção de um futuro melhor, soa como uma repetição de promessas que a população já ouviu antes. A verdadeira união que se espera dos poderes não deve ser apenas retórica, mas sim uma colaboração efetiva que resulte em políticas públicas que atendam às necessidades reais dos cidadãos.

Para que Ibiúna avance, é essencial que os novos líderes priorizem ações concretas e transparentes, focadas em áreas críticas como infraestrutura, saúde, educação e desenvolvimento econômico. A população precisa ver resultados palpáveis e não apenas discursos eloquentes. A união dos poderes deve ser um meio para alcançar o bem comum, e não um fim em si mesmo.

Portanto, a expectativa é que os novos mandatários demonstrem, através de suas ações, um compromisso genuíno com o progresso de Ibiúna, colocando os interesses da população acima de interesses pessoais ou partidários. A verdadeira mudança virá quando a política local se alinhar com as necessidades e aspirações dos ibiunenses, promovendo um desenvolvimento sustentável e inclusivo para todos.

A divisão de funções e objetivos na administração pública é o que garante o equilíbrio político e o progresso de um povo. É ou, não é?

Milton Giancoli

Comentarista