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Crise Hídrica e o Peso na Conta de Luz

A conta de energia elétrica tem sido um dos principais vilões do orçamento do brasileiro nos últimos meses, e o motivo é a estiagem prolongada que afeta o país. A baixa no nível dos reservatórios das hidrelétricas, a principal fonte de energia do Brasil, força o acionamento de usinas termelétricas, que têm um custo de geração muito mais alto. Essa mudança na matriz de geração de energia é repassada diretamente ao consumidor através das chamadas bandeiras tarifárias. No caso de distribuidoras de energia como a CETRIL em Ibiúna, o impacto da bandeira vermelha é aplicado de forma automática e obrigatória.

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8/31/20252 min read

A conta de energia elétrica tem sido um dos principais vilões do orçamento do brasileiro nos últimos meses, e o motivo é a estiagem prolongada que afeta o país. A baixa no nível dos reservatórios das hidrelétricas, a principal fonte de energia do Brasil, força o acionamento de usinas termelétricas, que têm um custo de geração muito mais alto. Essa mudança na matriz de geração de energia é repassada diretamente ao consumidor através das chamadas bandeiras tarifárias.

A Bandeira Vermelha e seu Impacto no Bolso

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) utiliza o sistema de bandeiras tarifárias para sinalizar o custo real da geração de energia. Cada cor representa um cenário:

  • Bandeira Verde: Condições favoráveis de geração. Sem custo adicional.

  • Bandeira Amarela: Condições de geração menos favoráveis. Acréscimo na tarifa.

  • Bandeira Vermelha - Patamar 1: Condições mais custosas de geração. Acréscimo mais alto.

  • Bandeira Vermelha - Patamar 2: Condições ainda mais custosas. O maior acréscimo.

Nos últimos três meses, o Brasil vivenciou a escalada dessas bandeiras. Após a bandeira amarela em maio, o país entrou em bandeira vermelha patamar 1 em junho, passando para o patamar 2 em julho e agosto. A ANEEL já anunciou a manutenção do patamar 2 para setembro, o que significa que o consumidor continua pagando um acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.

Essa cobrança extra é a principal causa do aumento no valor da conta de luz e tem um impacto direto no custo de vida, pois a energia é um insumo fundamental para famílias e empresas. A alta da energia também contribui para o aumento da inflação, já que afeta os custos de produção em diversos setores, como a indústria e o agronegócio, e é repassada ao consumidor final.

O Papel das Redistribuidoras como a CETRIL

No caso de distribuidoras de energia como a CETRIL em Ibiúna, o impacto da bandeira vermelha é aplicado de forma automática e obrigatória. A ANEEL é quem determina nacionalmente qual bandeira tarifária estará em vigor, e as distribuidoras, sejam elas concessionárias ou permissionárias, como a cooperativa, precisam aplicar essa cobrança em suas faturas.

A receita gerada com a bandeira tarifária é repassada integralmente para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e não fica com a distribuidora. Portanto, a CETRIL e outras empresas do setor não têm autonomia para decidir se aplicam ou não a bandeira. Elas servem como intermediárias, transferindo para o consumidor o custo extra gerado pela situação hídrica e pelo maior uso das usinas termelétricas, mais caras e poluentes.

A solução, enquanto a situação não melhora, é a conscientização e a economia de energia para tentar amenizar o impacto no orçamento doméstico. A esperança é que, com a chegada das chuvas, os níveis dos reservatórios voltem a subir e as bandeiras tarifárias recuem, trazendo alívio para o bolso do consumidor.

Crise Hídrica e o Peso na Conta de Luz

Milton Giancoli