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O Legado do Sonho: A Criação do Hospital Regia em Ibiúna
Em Ibiúna, no início dos anos 70, a carência de serviços de saúde era uma realidade alarmante. Diante desse desafio, a Dra. Margarida Giancoli, a primeira médica ibiunense formada, e seu futuro marido, o Dr. José Reguengo, recusaram-se a esperar pela iniciativa do poder público, encarnando o verdadeiro espírito do empreendedorismo comunitário.
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11/4/20253 min read


Em Ibiúna, no início dos anos 70, a carência de serviços de saúde era uma realidade alarmante. Diante desse desafio, a Dra. Margarida Giancoli, a primeira médica ibiunense formada, e seu futuro marido, o Dr. José Reguengo, recusaram-se a esperar pela iniciativa do poder público, encarnando o verdadeiro espírito do empreendedorismo comunitário.
Em 1972, quando Margarida era candidata a vice-prefeita, o casal transformou a campanha política em um ato de serviço, montando uma visionária barraca de camping para oferecer atendimento médico e odontológico gratuito à população carente. Enquanto Margarida atendia com dedicação mulheres e crianças e distribuía medicamentos, José Reguengo realizava extrações dentárias. Essa experiência revelou a extrema necessidade local e deu a eles a força e a determinação para construir algo permanente.
O sonho ganhou forma em 1973, quando a Dra. Margarida comprou um terreno. Após se unirem, eles obtiveram financiamento e iniciaram a construção do hospital no final de 1974. O nome escolhido, Regia, era uma fusão dos sobrenomes do casal: REguengo e GIAncoli. O atendimento começou na parte inferior em 1975, mesmo antes da conclusão. No entanto, a obra enfrentou dificuldades, e a falta de dinheiro para o telhado quase paralisou o projeto. Foi a generosa ajuda do Sr. Guilhermus Jacob Wernhagem (Sr. Guilherme da Fazenda JUNOS) que permitiu que a construção fosse concluída. O Hospital Regia foi finalmente inaugurado em agosto de 1976.
O hospital, operando inicialmente sob a direção do casal, atendeu os munícipes até o final de 1978. Devido a dificuldades de manutenção, a propriedade foi vendida a um médico e, posteriormente, a um outro grupo que, por problemas financeiros, inviabilizou totalmente o funcionamento. A Prefeitura de Ibiúna assumiu o controle, e o Hospital Régia se transformou no primeiro Hospital Municipal da cidade, uma instituição que, até hoje, serve a Ibiúna e região. A história do Régia é um poderoso testemunho do valor dos empreendedores que agem para resolver as carências básicas de sua comunidade, plantando um legado de cuidado que resiste ao tempo.
Complementando essa narrativa, é fundamental ressaltar a conexão que liga o passado visionário do Hospital Régia à sua identidade atual. O hospital que Margarida e José Reguengo ergueram com tanto esforço, e que se tornou o primeiro Hospital Municipal de Ibiúna, foi posteriormente denominado em homenagem a uma figura de grande relevância para a família e para a cidade: Dr. Armando Giancoli Filho.
O Legado do Sonho: A Criação do Hospital Regia em Ibiúna


Milton Giancoli


O Dr. Armando Giancoli Filho, que era irmão da Dra. Margarida Giancoli e também médico anestesiologista, nasceu em Ibiúna em 1948. Ele seguiu uma trajetória de dedicação à medicina na região, assim como sua irmã. Mais tarde, ingressou na vida pública como Secretário de Saúde e, em seguida, como vice-prefeito de Ibiúna, cargo para o qual foi reeleito.
Com sua vida interrompida prematuramente em 19 de novembro de 2004, antes de ser diplomado em sua reeleição, o Dr. Armando Giancoli Filho é lembrado por sua luta por melhorias no atendimento médico à população carente de Ibiúna. Por seu legado e serviço, o Pronto Socorro Municipal de Ibiúna foi oficialmente denominado Pronto Socorro Municipal Dr. Armando Giancoli Filho, estabelecendo um vínculo permanente entre a família Giancoli e a instituição de saúde que eles ajudaram a fundar, mantendo vivo o espírito de serviço e o sonho de uma saúde digna para todos os ibiunenses.
